Uma das respostas do Planeta aos efeitos das alterações climáticas, em termos de adaptação, mitigação e resiliência, deve focar-se nas florestas. Estes ecossistemas têm uma importante capacidade de sumidouro de carbono, ou seja, retiram dióxido de carbono (CO2) da atmosfera e armazenam-no nas raízes, caules e folhas.
As florestas armazenavam à escala global aproximadamente 638 gigatoneladas (Gt) de carbono em 2005 (valores estimados): 283 Gt em biomassa, 38 Gt em madeira morta e 317 Gt nos 30 cm superficiais do solo e na folhada (1 Gt = 1000 mega toneladas), mais do que a quantidade total de carbono em toda a atmosfera, segundo o World Business Council For Sustainable Development (2015) e a United Nations Climate Change.
A capacidade de sequestro das florestas mundiais, em 2015, estava avaliada em cerca de 296 Gt de carbono na biomassa área e abaixo do solo (raízes), segundo o Global Forest Resources Assessment 2015.
Nos últimos 25 anos, o stock de carbono na biomassa florestal diminuiu quase 11,1 Gt, o equivalente a 442 milhões de toneladas por ano. Esta redução deve-se principalmente à degradação e perda de florestas para a agricultura e estabelecimento de povoações. As maiores perdas verificam-se em África, sul da Ásia e sul da América. A Europa foi a região do mundo onde se verificou o maior aumento do stock de carbono na biomassa florestal.