Floresta Portuguesa
Pensa-se que a área de sobreiro em Portugal terá aumentado no início do século XX, um acréscimo motivado pela crescente procura de cortiça, que se fazia sentir desde o século XVIII graças à sua utilização como vedante de vinhos. Desta forma, os sobreirais, que estavam até ao final do século XIX à mercê “do machado do carvoeiro” e dos incêndios, foram progressivamente convertidos em montados de sobro, com exploração suberícola, cerealífera e pecuária.
A Carta Agrícola de 1906 mapeava a área de sobreiro em 413,7 mil hectares (Natividade, V.J., 1950. Subericultura. 387pp), o que representa menos sobreiro em Portugal do que os 720 mil hectares indicados pelo 6º Inventário Florestal Nacional relativo a 2015 (IFN6, ICNF, 2019). Pensa-se, no entanto, que esta área tenha aumentado para 741,3 mil hectares até meados da década de trinta (Lima Basto, 1936), ou seja, teríamos, há cerca de 85 anos, um pouco mais sobreiro em Portugal do que temos hoje. Refira-se que estes são valores aproximados, dada a inexistência, à data, de um inventário florestal, o que não nos permite saber ao certo se temos agora mais ou menos sobreiro em Portugal.
Lista ordenada:
Espécies Florestais
O sobreiro (Quercus suber L.), árvore mãe da cortiça, é uma espécie de crescimento lento e grande longevidade, que desenvolveu mecanismos de adaptação à secura e ao fogo. Descubra mais sobre esta espécie, neste artigo em colaboração com as autoras Conceição Santos Silva e Teresa Soares David*.